O projeto Trajetórias da seu segundo passo em direção a construção de uma enciclopédia das artes visuais de Valinhos. Em sua segunda  registra através de exposições e um livro a obra do artista paranaense, radicado em Valinhos-SP, Genivaldo Amorim. Com obras produzidas nos últimos 30 anos, desde as primeiras pinturas em 1993 até sua mais recente produção, incluindo instalações, pinturas e projetos feitos em colaboração com outros artistas, o projeto traça um panorama sobre essa trajetória. 

Compõe o projeto quatro exposições pelo interior de São Paulo: em Valinhos, Ribeirão Preto, Araçatuba e Piracicaba. Em paralelo, o artista vai pintar alguns murais por cidades do interior. Também faz parte do projeto a publicação do catálogo, publicado em português e inglês, em parte distribuído em espaços culturais do estado e, em parte,  vendido. Conta com 160 páginas, imagens e textos dos curadores Andrés I. M. Hernández, Heldilene Reale e Allan Yzumizawa.

Este é um projeto realizado com o apoio do ProAC ICMS. O ProAC ICMS é a modalidade do programa de fomento à cultura no estado de São Paulo que funciona por meio de patrocínios incentivados e renúncia fiscal. 

Em Valinhos a exposição apresenta uma série de obras que compreende desde as três primeiras pinturas de Genivaldo, de 1993, passando pela série Psico-Enigmas (1995-1997) e suas primeiras exposições. A exposição também vai trazer as primeiras obras onde o vermelho passou a figurar como elemento recorrente e protagonista nas obras, até a fase atual, incluindo registros das instalações realizadas a partir de 2015, além de uma nova instalação que será instalada em um espaço externo do museu e que será iluminada por luminárias solar. A curadoria será do próprio artista.  

Em Ribeirão Preto, no Ateliê da Praça, a segunda exposição é formada por cinco conjuntos de obras: duas séries de pinturas sobre lona, “FATOS” e “E com meus pés caminharás sobre essa terra dura” que compreendem projetos com desdobramentos futuros; cinco obras da série Carne Viva, de 2003, feitas em polietileno e que serão expostas pela primeira vez; duas esculturas de cerâmica feitas em 2010; e cinco caixas de madeira pintadas e seladas da série “Da violência que traz luz ao juízo e destrói coisas belas”, feitas em 2020, durante a pandemia. A exposição terá a curadoria do cubano Andrés I. M Hernández. 

A terceira exposição do projeto acontece no MAAP (Museu Araçatubense de Artes Plásticas), na cidade de Araçatuba. Com curadoria de Allan Yzumizawa, a exposição será centrada em um recorte específico dentro da produção do artista, onde as obras expostas têm uma sobrevida após o final da exposição. Tendo como referência a exposição “Do outro lado do vidro vejo paisagens alheias, realizada em 2019 no Centro Cultural Brasil-Moçambique, em Maputo, Moçambique, onde as peças que compunham as obras, como colchões, toalhas, sacolas e cobertores, foram doados à população local após o final da exposição. A exposição em Araçatuba será composta por obras que lidam com essa possibilidade, de obras feitas com materiais cotidianos que voltam às suas origens depois que saem do espaço expositivo, se misturando com o mundo real, fora dos espaços institucionalizados de arte. Essa pesquisa teve início com a instalação “Species”, formada por pinturas-almofadas, criada para uma exposição em 2010 na Alemanha e seguiu alguns anos depois com a instalação “Bicho de corpo mole, mas de pele boa”, onde as peças são transformadas em roupas após o final das exposições, para então poderem andar pelo mundo  

EXPOSIÇÃO VALINHOS

Valinhos – Museu e Acervo Municipal “Fotógrafo Haroldo Ângelo Pazinatto”

EXPOSIÇÃO RIBEIRÃO PRETO

Ateliê da Praça 

EXPOSIÇÃO ARAÇATUBA

Museu Araçatubense de Artes Plásticas